Trgêmas Helena, Isabel e Micaela

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domingo, 6 de janeiro de 2013

Dores, sangramentos e...

No dia seguinte ao resultado, como não tenho plano de saúde, já procurei o posto municipal para iniciar o pré-natal. Pelas contas estava com 5 semanas. Muitas recomendações e só sorriso no meu rosto e no do Michel, que claro, estava comigo... (mesmo se sentindo um ET, pois aqui, os homens não tem esse costume rs).
Tudo normal até então, nem me sentia grávida. Falava isso pra todo mundo. Cortei o refrigerante e os excessos na alimentação. Quero uma gravidez saudável... 
Na semana seguinte comecei a sentir umas dores que vinham normalmente depois de urinar. Era uma dor que começava fraquinha e ia piorando. Demorava de 5 a 10 minutos pra passar e logo depois parecia que não tinha acontecido nada. Achei estranho mas não quis me alarmar... Mas a dor foi piorando no passar dos dias. Até que no sábado, dia 27/10, a dor foi tão forte que resolvemos procurar o hospital. Morar no interior tem seu lado ruim. Aqui é a questão da saúde. No hospital não tem obstetra de plantão todos os dias, e naquele dia não tinha. Então tivemos que ir pra Mossoró (cidade mais próxima e com mais estrutura). Chegamos lá e fui logo atendida no Hospital da Mulher. O médico me examinou, pediu exame de urina pois desconfiou ser alguma infecção. O resultado deu normal, e o exame de toque também. Pra garantir, me pediu uma ultra. Seria a minha primeira. Como no hospital eles não fazem, fui no local indicado. Lá o médico me disse que a minha gestação provavelmente era de menos tempo do que o constatado até então, pois ainda não dava pra ver o bebe. Pediu pra eu repetir o exame em 2 semanas, mas me falou que estava tudo ok. Voltei ao hospital e outro médico olhou meu exame. Me disse com essas palavras:
- É, realmente o feto não desenvolveu, é uma gravidez anembrionária. Essa dor provavelmente é aborto, e caso vc não aborte em 2 semanas, vc volta aqui que daremos um comprimido pra vc abortar ou faremos uma curetagem. Quem estava comigo no consultório era minha mãe. Olhei pra ela, olhei pro médico e perguntei se eu deveria refazer a ultra em outro lugar, pra ter certeza... E ele prontamente me respondeu que não adiantaria. 
Nem lembro como levantei da cadeira pra sair. Mal sai pela porta e já cai no choro. Queria tanto engravidar, e agora deveria esperar pelo aborto??? 
Foram dias difíceis... não tinha ânimo pra nada. Até que no dia 29/10 de madrugada tive uma crise de dor muito intensa, fui ao banheiro e sangrei. Chamei o Michel e corremos pro hospital com a certeza de que se tratava de um aborto. Chegamos lá e graças a Deus tinha obstetra de plantão. Uma médica maravilhosa, que me acalmou, me examinou e disse que meu colo do útero estava perfeito, que o sangramento era normal, e que eu não deveria me preocupar. Achou precipitado o diagnóstico do outro médico e me pediu pra esperar apenas 1 semana pra refazer a ultra, pois ela acreditava estar tudo bem. Me tranquilizou em relação as dores e disse que também estava grávida e que sentia essas mesmas dores. Saí de lá outra mulher. Ainda não tinha certeza de nada, mas pelo menos havia uma esperança. 
Aguardamos uma semana (semana longaaaaaa) e refiz a ultra aqui em Assu mesmo. E derrepente escuto o tum tum tum... era o coraçãozinho do meu bebe batendo... Nem acreditei... Eu e o Michel choramos muito... Que alívio... Estava tudo bem com a gente... Meu bebê tinha 1 semana a menos que previsto. Por isso não apareceu logo na primeira ultra. 
Dessa eu tiro uma lição: Cuidado com diagnósticos precipitados. Talvez por aquele médico eu teria feito uma curetagem e tirado meu lindo bebezinho que estava lá, firme e forte...